Fatshimetria
No mundo da arqueologia, os debates inflamam regularmente a cena internacional, e uma das questões candentes do momento diz respeito ao pedido do Egipto para a devolução da Pedra de Roseta ao Museu Britânico. Zahi Hawass, um proeminente arqueólogo e antigo ministro egípcio das antiguidades, fez recentemente um apelo apaixonado para que esta relíquia histórica regressasse ao seu país de origem.
A Pedra de Roseta, uma estela de basalto negro datada de 196 AC. AC, foi descoberto no Egito no século 19 pelas tropas francesas. A sua importância reside no facto de conter uma inscrição em três línguas – hieróglifos, demótico e grego – que ajudou a desvendar o mistério da antiga língua egípcia. Desde a sua descoberta, está guardado no Museu Britânico, gerando polêmica sobre a legitimidade da sua presença na prestigiada instituição britânica.
A campanha lançada por Zahi Hawass a favor da devolução da Pedra de Roseta ao Egipto já recolheu perto de 300 mil assinaturas, demonstrando um interesse crescente por parte do povo egípcio na devolução dos seus tesouros culturais. O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, também se comprometeu com esta causa, apelando aos cidadãos para que apoiem massivamente esta exigência, a fim de atingir a marca de um milhão de assinaturas e também exigir a devolução do busto de Nefertiti.
Numa declaração comovente, Zahi Hawass destacou a importância da preservação do património arqueológico do Egipto, lembrando que no passado as antiguidades eram roubadas devido à fragilidade dos armazéns da época. Assim, ao tomar posse, garantiu a construção de armazéns adequados à conservação de objetos antigos, garantindo a sua preservação para as gerações futuras.
O pedido do Egipto para a restituição da Pedra de Roseta ilustra uma questão importante no debate sobre a restituição de bens culturais, destacando questões de propriedade, identidade e justiça histórica. À medida que o Museu Britânico continua a defender a sua legitimidade na preservação destes tesouros, o apelo de Zahi Hawass e do povo egípcio levanta questões profundas sobre a justiça e a responsabilidade na preservação do património mundial.
Em conclusão, a campanha pela devolução da Pedra de Roseta ao Egipto é um testemunho vibrante da importância dada à preservação do património cultural e à busca da justiça histórica. Através desta iniciativa, Zahi Hawass e o povo egípcio lembram ao mundo inteiro a necessidade imperiosa de respeitar e preservar os tesouros do passado para as gerações futuras.