Nos bastidores tumultuados da cena política congolesa, Fontaine Mangala, eleito deputado nacional por Kisangani, posiciona-se como um actor-chave expressando a sua insatisfação com o atraso na organização das eleições para a Assembleia Provincial. O retrato que traça destaca não só as questões políticas, mas também os desafios enfrentados pela população congolesa, mergulhada numa precariedade exacerbada por tensões políticas e conflitos armados.
No centro do seu discurso, Fontaine Mangala aponta o dedo ao limite de idade, descrevendo-o como um grande obstáculo ao bom funcionamento da Assembleia Nacional. Num país onde a estabilidade política é fragilizada por crises incessantes, o papel desta instituição revela-se de crucial importância. Neste período conturbado, em que o Kivu do Norte é palco de violência e instabilidade, a urgência de uma acção política esclarecida é premente.
O prazo para um calendário eleitoral está muito atrasado, mergulhando o país numa incerteza política prejudicial à sua estabilidade e ao seu futuro. Fontaine Mangala demonstra a sua determinação ao destacar a incapacidade do actual gabinete para cumprir as suas missões e insiste na necessidade de mudanças iminentes. O seu apelo à acção não se limita a palavras, mas é acompanhado por um ultimato claro a Mboso N’kodia, presidente do age office, instando-o a tornar público um calendário eleitoral nas próximas quarenta e oito horas ou enfrentará consequências.
Para além destas reviravoltas políticas, surge também no horizonte uma luta pela influência, com figuras políticas como Vital Kamerhe a posicionarem-se nos bastidores. A União Sagrada, da qual é o vencedor designado, poderá marcar uma viragem na vida política congolesa, trazendo de volta uma figura familiar à frente da Assembleia Provincial.
Em suma, o apelo de Fontaine Mangala ressoa como um grito de alerta para uma classe política congolesa atolada em disputas de interesses e lutas pelo poder, em detrimento de uma população que aguarda soluções concretas. O seu discurso reflecte não só a voz de um deputado empenhado, mas também o grito de desespero de um povo em busca de estabilidade e prosperidade.