O Kivu do Norte, uma região devastada por conflitos armados e pela violência durante muitos anos, é mais uma vez palco de tragédias inaceitáveis. Os recentes bombardeamentos ocorridos em locais de deslocados em Mugunga e Lac Vert, em Goma, provocaram trágicas perdas humanas e desencadearam uma onda de indignação na sociedade civil.
Perante esta situação angustiante, a assembleia provincial, a coordenação provincial, as organizações de mulheres e os territórios da sociedade civil condenaram por unanimidade estes actos odiosos e manifestaram a sua profunda consternação. Denunciaram o silêncio culpado do governo congolês, apontando uma posição ambígua face ao sofrimento da população e às tácticas militares inadequadas.
A população civil, já gravemente afectada por conflitos persistentes, encontra-se novamente exposta à violência e a crimes graves, sem protecção adequada. Os acontecimentos recentes pintam um quadro alarmante, com a captura de várias cidades por grupos armados e bombardeamentos mortíferos que afectam locais já enfraquecidos de pessoas deslocadas.
Neste contexto de crise e de insegurança generalizada, as organizações de mulheres emitiram recomendações essenciais, apelando ao reforço da segurança, ao aumento da protecção da população civil e à deslocalização das posições militares para perto dos campos de deslocados. Estas medidas são cruciais para garantir a segurança e o bem-estar das populações vulneráveis.
Os responsáveis provinciais eleitos também expressaram a sua preocupação com os massacres perpetrados por grupos terroristas na região de Beni, a persistente guerra do M23 e a insegurança que reina em vários territórios. Salientaram a necessidade de uma acção concertada e firme para pôr fim a estes actos criminosos e proteger as populações civis inocentes.
Finalmente, a mobilização da comunidade internacional é mais essencial do que nunca para condenar inequivocamente esta violência e ajudar a restaurar a paz e a estabilidade na região. As Nações Unidas, as organizações humanitárias e os Estados parceiros devem agir em conjunto para apoiar os esforços locais e fornecer uma resposta eficaz a esta grave crise humanitária.
Perante esta situação crítica, chegou o momento de ação e solidariedade. É imperativo que todas as partes interessadas, desde o governo às organizações da sociedade civil e à comunidade internacional, unam forças para acabar com a violência, proteger as populações vulneráveis e trabalhar para uma paz duradoura na região do Kivu Norte.