A declaração da CENCO: um apelo à calma no centro de um assunto político na RDC

No centro da turbulência política na República Democrática do Congo, a Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO) faz uma declaração pública, apelando à calma após a abertura de um processo judicial contra o Cardeal Fridolin Ambongo Besungu. Este comunicado de imprensa, emitido pelo Secretário-Geral do CENCO, Dom Donatien Nshole, destaca a importância de tratar este assunto com responsabilidade, respeitando as leis em vigor no país, em particular o Acordo-Quadro entre a RDC e a Santa Sé. Este acordo garante uma colaboração leal e sincera entre a Igreja Católica e o Estado, no interesse do povo congolês.

O caso tomou um rumo particular quando a correspondência do Procurador-Geral do Tribunal de Cassação, convidando o Cardeal Ambongo a comparecer, foi recebida pela Arquidiocese de Kinshasa enquanto este se encontrava no estrangeiro. Esta situação levantou questões sobre a forma como as autoridades judiciais estão a tratar este caso.

É fundamental sublinhar que o CENCO afirma que não houve recusa em responder ao convite nem falta de consideração pela justiça congolesa por parte do Arcebispo de Kinshasa. É, portanto, essencial deixar a justiça seguir o seu curso, respeitando os direitos e deveres de todos.

Este caso realça a complexidade das relações entre a Igreja e o Estado em certos países, onde os actores religiosos podem encontrar-se envolvidos em questões políticas sensíveis. Os apelos à calma do CENCO visam aliviar as tensões e recordar a importância do respeito mútuo entre as instituições para o bem-estar de todos os cidadãos.

É agora crucial observar a evolução desta situação e as respostas dadas pelas diferentes partes envolvidas, com o objectivo de preservar a estabilidade e a paz social na República Democrática do Congo.

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