Recentemente, a China anunciou uma grande reorganização de suas forças armadas, sendo a maior em quase uma década. Este movimento destaca a ênfase em forças estratégicas impulsionadas pela tecnologia e preparadas para travar guerras modernas, no contexto de uma competição com os Estados Unidos pela supremacia militar, em uma região com elevadas tensões geopolíticas.
O líder chinês Xi Jinping surpreendeu ao encerrar a Força de Apoio Estratégico (SSF) e criar a Força de Apoio à Informação, descrita como um novo braço estratégico do Exército de Libertação Popular. Esta reestruturação, que também inclui a Força Aeroespacial e a Força Cibernética, fortalece o controle de Xi sobre as capacidades estratégicas e sublinha a ambição da China de dominar a inteligência artificial e outras novas tecnologias para se preparar para a “guerra inteligente” do futuro.
Especialistas militares chineses acreditam que essa reorganização representa um passo importante para melhorar a coordenação entre diferentes áreas estratégicas das forças armadas chinesas. A dissolução da SSF e a criação de novas unidades refletem a busca por uma estrutura organizacional mais eficaz e alinhada com as ambições militares chinesas.
Essa reorganização segue uma ampla purga anticorrupção no Exército de Libertação Popular liderada por Xi no ano anterior, que impactou a força de mísseis. A nomeação de novas lideranças para a Força de Apoio à Informação, como Bi Yi e Li Wei, destaca a continuidade do compromisso chinês com a modernização e eficiência de suas forças armadas.
Esta mudança estrutural também levanta questões sobre a capacidade da China de manter sua influência e lidar com possíveis desafios militares futuros, além de ter implicações significativas no equilíbrio de poder global e nas tensões regionais. Num contexto de crescente importância dos avanços tecnológicos na condução da guerra moderna, a China busca se posicionar estrategicamente para enfrentar os desafios do futuro.