Nos últimos anos, a África tem enfrentado desafios relacionados à integridade dos processos eleitorais e à sustentação da democracia. Diante desse cenário, surge a questão: como garantir eleições livres, justas e participativas para um governo democrático eficaz? A resposta pode estar na adoção da tecnologia.
Por muito tempo, as eleições em papel na África do Sul foram consideradas livres e justas, com a Comissão Eleitoral Independente (IEC) desfrutando de reconhecimento por sua gestão eficaz. No entanto, a inclusão de candidatos independentes tem trazido novos desafios, tornando necessário considerar a transição para o voto eletrônico.
O impacto do aumento no tamanho das cédulas de papel devido à inclusão de candidatos independentes pode influenciar as campanhas políticas e o comportamento dos eleitores. Além disso, a posição dos candidatos nas cédulas físicas pode ter um impacto significativo na escolha dos eleitores, levando a um fenômeno conhecido como “fadiga de escolha”.
Para mitigar esses desafios e promover eleições mais justas, a votação eletrônica surge como uma alternativa viável. Países como o Brasil já demonstraram a eficiência e agilidade desse sistema, especialmente na rápida divulgação dos resultados eleitorais.
Apesar de alguns contratempos recentes, como os ocorridos nas eleições presidenciais dos EUA em 2020, a votação eletrônica oferece vantagens em termos de randomização dos candidatos, facilidade de navegação para os eleitores e inclusão de tecnologias para garantir a acessibilidade de todos os eleitores.
Diante do cenário político atual e da necessidade de fortalecer a democracia, a votação eletrônica pode ser a chave para promover processos eleitorais mais eficazes e participativos. Embora haja desafios a superar, como os custos de implementação e a segurança da rede, a tecnologia oferece um caminho promissor para garantir eleições democráticas mais justas e transparentes no continente africano.