A situação na ilha das Caraíbas é desoladora. Porto Príncipe, a capital, enfrenta um estado de caos sem precedentes, com hospitais e clínicas sofrendo com uma séria escassez de medicamentos e equipamentos essenciais. O controle crescente das gangues na região resultou no fechamento temporário de várias instalações médicas, incluindo o maior hospital público do país.
Blocos de estradas, fechamento do aeroporto internacional e paralisação do maior porto do Haiti criaram um ambiente de terror, prejudicando ainda mais o já frágil sistema de saúde local. Mesmo as instituições médicas operacionais enfrentam desafios, com pessoal médico incapaz de chegar ao trabalho devido à violência diária.
A população enfrenta dificuldades cada vez maiores para acessar cuidados médicos, especialmente aqueles com doenças graves como cancro e VIH/SIDA. O saque e incêndio de farmácias por parte das gangues só pioram a situação, deixando muitos pacientes sem tratamento.
Hospitais como o de emergência Médicos Sem Fronteiras em Cité Soleil estão sobrecarregados, tendo que reduzir o número de consultas diárias devido à falta de medicamentos. A triagem de pacientes tornou-se uma prática comum, priorizando casos de emergência e deixando outros sem tratamento.
A violência generalizada no país é ilustrada pela história de Jean Marc Baptiste, que ficou ferido e desamparado em uma área controlada por gangues. A situação é urgente e crítica, com a vida de milhares de pessoas em risco devido à falta de acesso aos cuidados de saúde.
Fonte: africanews.com