Neste dia crucial para a política de migração do Reino Unido, o primeiro-ministro Rishi Sunak realizou uma conferência de imprensa para abordar a questão dos voos de deportação para o Ruanda. A medida foi anunciada como uma promessa eleitoral para resolver o impasse parlamentar sobre a política migratória antes das próximas eleições no final do ano.
Durante a conferência, Sunak demonstrou sua determinação em avançar com a deportação, anunciando que os primeiros voos poderão partir para o Ruanda dentro de 10 a 12 semanas. Ele enfatizou que o Parlamento permaneceria em sessão até que a legislação fosse aprovada, encerrando meses de disputas entre a Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes.
O Primeiro-Ministro fez um apelo contundente à Câmara dos Lordes, pedindo que não bloqueassem a legislação que permitiria as deportações para o Ruanda. Ele reiterou seu compromisso em cumprir a promessa eleitoral de “parar os barcos” que trazem migrantes ilegais para o país.
Apesar da prontidão dos aviões fretados, Sunak permaneceu evasivo quanto ao número de pessoas afetadas pelos voos. Ele assegurou que os planos estavam em andamento e que as deportações ocorreriam a qualquer custo, sem interferência de tribunais estrangeiros.
O Projeto de Lei da Segurança de Ruanda foi apresentado para contornar objeções legais que têm dificultado as deportações para o país. No entanto, críticos, como o membro independente da Câmara dos Lordes, Alex Carlile, afirmam que a proposta é ilegal sob a legislação nacional e internacional.
Esta saga parlamentar destaca as tensões e controvérsias envolvendo a política migratória do Reino Unido, assim como questões fundamentais de respeito aos direitos humanos e tratados internacionais. A decisão final do Parlamento sobre este assunto terá repercussões significativas não apenas na política migratória britânica, mas também na reputação internacional do país em relação aos direitos fundamentais e proteção de pessoas vulneráveis.
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