Recentemente, as eleições provinciais no Kwango, na República Democrática do Congo, têm gerado intenso debate e controvérsia. Observa-se que, ao invés de avaliar os programas e habilidades dos candidatos, as discussões estão centradas nas suas origens territoriais. A província de Kwango, que já foi palco de debates políticos acalorados, encontra-se agora preocupada com rixas históricas entre diferentes territórios.
O sistema de rotação territorial, estabelecido após a divisão da antiga província de Bandundu em 2015, ressurgiu e está alimentando um clima de tensão pré-eleitoral. Acordos verbais celebrados por 24 políticos do Cuango previram uma alternância na gestão da província, começando pelos territórios de Kasangulunda e Kenge. Em 2024, a oposição se concentra nos apoiadores de Colette Lukamata de Feshie e Willy Bitwisila de Popokabaka, os principais candidatos na disputa.
Conflitos de interesses, manipulação de redes sociais e mensagens de ódio têm poluído o ambiente eleitoral, com considerações tribais sobrepondo-se às competências e projetos dos candidatos para a província. A sociedade civil no Kwango está alarmada com essa tendência, que ameaça comprometer a escolha dos deputados provinciais, pressionados a votar com base nas origens dos candidatos.
Os líderes do Cuango, cientes dos perigos da divisão tribal, apelam à união e sabedoria. Noël Batelama destaca a não-binding nature dos acordos verbais entre políticos e destaca a importância de priorizar critérios de competência e dinamismo na seleção do futuro governador da província. A paz, coesão e desenvolvimento da região devem prevalecer sobre disputas estéreis e comunitárias.
Nesta eleição crucial para o futuro do Kwango, quatro candidatos disputam o cargo de governador: Willy Bitwisila, Colette Lukamata, Modeste Mulasa e Patsho Panda. É essencial que os cidadãos e funcionários eleitos deixem de lado considerações tribais e escolham o candidato capaz de trazer prosperidade e estabilidade à província.
Urge que os habitantes do Kwango se unam em torno de um objetivo comum, unindo forças e aspirações por um futuro próspero e pacífico. As eleições devem fortalecer a unidade e coesão na comunidade Kwangesa, em vez de dividir.
Em conclusão, o sucesso das eleições provinciais no Kwango dependerá da capacidade dos cidadãos de superarem divisões tribais e escolherem o candidato mais adequado para conduzir a província a um futuro promissor e harmonioso. É hora de união, razão e solidariedade para garantir um futuro brilhante para o Cuango e seus habitantes.