O debate sobre a constituição do futuro governo da República Democrática do Congo (RDC) está aquecendo os ânimos no cenário político. A Primeira-Ministra Judith Suminwa Tuluka está em consultas políticas com as diferentes formações da maioria parlamentar para compor sua equipe governamental. A questão central em discussão é: quantos ministros serão necessários para enfrentar os desafios do país, levando em consideração sua dimensão e ambições?
Alguns atores políticos argumentam que a chave está em criar um governo enxuto, focado na eficiência e na otimização de recursos. Para eles, o tamanho do país não deve determinar o número de ministros, citando exemplos como os Estados Unidos, que operam com um número limitado de secretários de Estado apesar de sua extensão territorial. O cerne da questão seria a capacidade dos ministros de lidar com os desafios e possuir as habilidades necessárias para promover o desenvolvimento do país.
Outros defendem um governo mais robusto, destacando que o desempenho não se limita ao número de ministros, mas à eficiência de gestão e à capacidade de trabalho em conjunto. Exemplificam com países como Uganda, que possui um grande número de membros no governo, mas que tem liderado eficazmente o desenvolvimento do país.
O debate não deve se restringir à questão numérica, mas considerar elementos mais profundos como gestão de recursos, coordenação política e transparência governamental. Reduzir o número de ministros pode possibilitar uma melhor alocação de recursos para setores prioritários como educação, saúde e defesa, além de promover uma governança mais eficaz e transparente.
Em última análise, a formação do governo na RDC deve priorizar as reais necessidades da população e enfrentar os desafios do país, com foco em prioridades bem definidas. Seja com uma equipe enxuta ou mais ampla, o objetivo principal deve ser o progresso e o bem-estar de todos os cidadãos congoleses.