O recente veredicto do Tribunal Superior de Kasongo revelou um caso de peculato no Instituto Superior de Técnicas Médicas de Kasongo, abalando a região. A administração do orçamento, Marceline Atosha Saidi, foi responsável por uma avultada soma de mais de 70 milhões de francos congoleses que misteriosamente desapareceu da caixa registadora da instituição. Isso desencadeou uma investigação policial que resultou numa busca nas residências da Sra. Marceline Atosha Saidi e do secretário-geral académico.
Durante a audiência pública recente, o Juíz Makonga Dominique proferiu a sentença final de 3 anos de trabalhos forçados para os 4 réus, além de os condenar a pagar mais de 40 milhões de francos congoleses por danos ao ISTM-Kasongo.
Este caso suscita questões importantes sobre a gestão dos fundos públicos na região. A decisão do tribunal destaca a necessidade de responsabilização e punição severa para aqueles que usam sua posição para enriquecer de forma ilegal. A proibição de acesso a funções públicas e paraestatais por 5 anos, imposta a Marceline Atosha Saidi, ressalta a gravidade dos atos cometidos.
A sociedade civil local apelou ao governo para facilitar o estabelecimento de bancos na região, argumentando que manter grandes quantias de dinheiro em escritórios expõe as instituições ao risco de apropriação indevida. A presença de bancos proporcionaria uma solução mais segura, reduzindo a possibilidade de irregularidades.
Além das condenações e reparações financeiras, este caso destaca a necessidade de maior transparência e rigor na gestão dos assuntos públicos. As autoridades devem tomar medidas para reforçar os controlos internos e prevenir tais incidentes no futuro.
A luta contra a corrupção e o peculato deve ser uma prioridade máxima, garantindo a integridade das instituições e a confiança dos cidadãos na administração pública.