Um projeto de mineração na pequena cidade rural de Palo Quemado, no Equador, tem gerado acirrados confrontos entre a polícia e os moradores locais. Concedido a uma empresa canadense, o projeto de concessão mineira na região rica em ouro, cobre e zinco tem suscitado resistência por parte da comunidade, conhecida por seu cultivo orgânico de cana-de-açúcar, uma fonte crucial de renda.
Desde 2016, a mineradora Atico Mining Corporation busca explorar os solos da região, necessitando de uma licença ambiental, que depende de consulta obrigatória à população local. Porém, o processo tem sido marcado por irregularidades, com moradores sendo excluídos das decisões.
O ativista anti-mineração Juan Carvajal testemunhou a presença policial para impedir a participação dos manifestantes na consulta, resultando em confrontos violentos com relatos de feridos, inclusive em estado grave. A repressão desencadeou comoção na população equatoriana, levando a formação de grupos de apoio aos moradores de Palo Quemado.
O conflito evidencia a disputa entre interesses das empresas mineradoras e a preservação dos recursos naturais e culturais locais. Diante disso, é crucial garantir um processo de consulta transparente para uma decisão verdadeiramente democrática que concilie desenvolvimento econômico e proteção ambiental, respeitando os direitos das comunidades locais.
Links relevantes:
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