Neste sábado, 13 de abril, ocorreu uma mobilização significativa no Níger, mais especificamente em Niamey, em oposição à presença das forças armadas dos Estados Unidos no país. Organizações da sociedade civil convocaram uma marcha pacífica com o objetivo de exigir a retirada das tropas americanas. A manifestação, que reuniu milhares de pessoas na capital, foi em apoio à iniciativa do Conselho Nacional para a Proteção da Pátria (CNSP), que está intensificando sua cooperação com a Rússia.
Aproximadamente 5.000 pessoas se reuniram pela manhã na Place Toumo, no centro de Niamey, para dar início à marcha. O grupo era majoritariamente composto por estudantes do ensino básico, secundário e universitário, e contou com a participação de soldados do quartel que disponibilizaram ônibus para transportá-los até o local da manifestação.
Liderada por membros do CNSP, incluindo o porta-voz e o chefe do Estado-Maior especial do General e Presidente Abdourahamane Tiani, assim como representantes do governo de transição, a multidão expressou sua discordância com a presença de 1.100 soldados americanos, sobretudo na Base Aérea de Agadez, que é estratégica para os Estados Unidos em termos de inteligência e vigilância aérea na região.
O ponto culminante da marcha foi um encontro na Place de la Concertation, sede da Assembleia Nacional. Essa mobilização ganha destaque após a chegada de instrutores russos em Niamey, os quais forneceram equipamento militar, como um sistema de defesa antiaérea, como parte de um novo acordo de cooperação com a Rússia, conforme noticiado pela televisão pública nigeriana.
Além de exigir a retirada das tropas americanas, a manifestação também demonstrou apoio à decisão do CNSP de romper o acordo de cooperação militar com os Estados Unidos, firmado há um mês. Isso reflete a evolução das alianças geopolíticas na região e as novas diretrizes adotadas pelas autoridades nigerinas em termos de segurança e defesa.
Em resumo, essa mobilização evidencia as transformações profundas nas relações internacionais e suas repercussões no território nigerino, enfatizando a importância das escolhas estratégicas feitas pelas autoridades do país para assegurar sua soberania e segurança.