O inesperado ressurgimento político de Jacob Zuma na África do Sul

*As eleições presidenciais na África do Sul: a vitória inesperada de Jacob Zuma*

Numa reviravolta inesperada, o Tribunal Eleitoral da África do Sul emitiu na terça-feira uma decisão que permite ao antigo Presidente Jacob Zuma concorrer nas próximas eleições parlamentares, anulando uma decisão anterior que o impedia de concorrer às eleições.

A medida abre caminho para Zuma concorrer à presidência em nome do Partido uMkhonto weSizwe, uma nova organização política à qual aderiu no ano passado depois de criticar publicamente o Congresso Nacional Africano, o partido no poder que ele próprio liderou no passado.

A Comissão Eleitoral Independente decidiu inicialmente que Zuma não poderia concorrer devido ao seu registo criminal, após receber uma objecção à sua candidatura.

A constituição da África do Sul proíbe pessoas condenadas a mais de 12 meses de prisão sem possibilidade de multa de concorrer às eleições parlamentares.

Em 2021, Zuma foi condenado e sentenciado a 15 meses de prisão por violar uma ordem de comparecimento perante uma comissão judicial que investigava alegações de corrupção no governo e em empresas estatais durante o seu mandato presidencial de 2009 a 2018.

No entanto, numa breve declaração na terça-feira, o tribunal anunciou que um recurso de Zuma e do seu partido foi bem sucedido e que a objecção à sua candidatura foi rejeitada.

Esta decisão retumbante não só surpreendeu os observadores políticos e os cidadãos sul-africanos, mas também abriu o caminho para uma campanha eleitoral muito turbulenta. A entrada de Zuma na corrida presidencial promete trazer um vento de mudança e protesto ao já tumultuado cenário político do país.

Os apoiantes de Zuma saúdam esta decisão como uma vitória para a democracia e a justiça, enquanto os seus detractores temem as consequências de um possível regresso ao poder do antigo Presidente.

O país está agora mergulhado num período de incerteza e turbulência política à medida que a campanha eleitoral se intensifica. As próximas semanas serão cruciais para o futuro da África do Sul e para o resultado destas eleições presidenciais que prometem ser uma das mais contestadas da história do país.

Em conclusão, a decisão do Tribunal Eleitoral de permitir que Jacob Zuma concorra às eleições parlamentares é um acontecimento que marca um importante ponto de viragem na política sul-africana. O resultado destas eleições permanece incerto, mas o que é certo é que o regresso de Zuma à cena política não deixará ninguém indiferente e poderá muito bem remodelar o cenário político da África do Sul nos próximos anos.

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