Mortalidade materna na RDC: desafios e soluções para um futuro melhor

Na República Democrática do Congo, a realidade alarmante da mortalidade materna realça desafios flagrantes no sistema de saúde do país. Segundo o Ministro da Saúde Pública, Higiene e Prevenção, Doutor Samuel Roger Kamba Mulamba, cerca de 70 mulheres perdem a vida todos os anos durante o parto, um número que revela uma situação crítica que exige uma acção urgente.

As causas desta tragédia são múltiplas e complexas, mas a constatação é clara: a qualidade da assistência obstétrica é insuficiente. Prestadores de cuidados de saúde de má qualidade, diagnósticos incorretos e acesso limitado a medicamentos essenciais são fatores que contribuem para este resultado trágico.

O Programa Maternidade Gratuita, lançado para melhorar o acesso das mulheres grávidas aos cuidados, aumentou a consciência sobre a dimensão do problema. A Ministra da Saúde sublinha a necessidade de uma abordagem global para garantir cuidados de qualidade e destaca o desafio da qualidade dos prestadores, diagnósticos e tratamentos.

A comparação da RDC com a Nigéria, um país com desafios semelhantes em matéria de saúde materna, realça a urgência de acção. Embora as mulheres nigerianas dêem frequentemente à luz em casa, na RDC existe o risco de morrer durante o parto no hospital, o que evidencia um problema crucial de qualidade dos cuidados.

O governo congolês tem implementado iniciativas como a Cobertura Universal de Saúde para cuidar de um número crescente de mulheres todos os meses. As 13.000 mulheres que beneficiam deste programa representam um avanço significativo, mas ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a cobertura total e garantir a saúde de todas as mulheres grávidas.

Em última análise, a mortalidade materna na RDC é um problema complexo que requer uma resposta multidimensional. É essencial melhorar o acesso a cuidados de qualidade, reforçar a formação dos profissionais de saúde e investir massivamente em infra-estruturas de saúde para garantir um futuro mais seguro para as mães e crianças do país.

A sensibilização, a mobilização de recursos e o compromisso político são essenciais para transformar estes números alarmantes em lampejos de esperança para o futuro das gerações futuras na República Democrática do Congo.

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