No território de Nyirangongo, na província de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo, surgiu recentemente um caso de práticas questionáveis que chocou a opinião pública. A ONG de direitos humanos Badilika criticou fortemente o comportamento de alguns inspectores itinerantes do Ensino Primário, Secundário e Técnico (EPST), que alegadamente criaram um sistema de apoio por parte dos directores das escolas privadas.
Esta prática, descrita como uma verdadeira máfia pela organização, consiste em exigir que os chefes dos estabelecimentos paguem a estadia dos inspectores itinerantes, embora estes últimos sejam pagos pelo Estado congolês e beneficiem de despesas operacionais. Uma situação inaceitável denunciada por Badilika, que apelou ao fim imediato destas ações.
Este caso revela uma forma de assédio e abuso de poder dentro do sistema educativo na região de Nyirangongo. Com efeito, as escolas em causa acolhem um número significativo de estudantes deslocados, o que torna a situação ainda mais preocupante. Badilika também sublinhou a necessidade de melhorar as condições de vida dos inspectores para garantir um funcionamento justo e transparente do EPST.
Apesar destas revelações, o Inspetor-Chefe Provincial da província educacional do Kivu Norte I, François Eloko, ainda não reagiu a estas acusações. É, portanto, essencial tomar medidas rápidas e eficazes para pôr fim a estas práticas mafiosas e garantir um ambiente saudável e justo para a educação dos jovens na região de Nyirangongo.
Este caso destaca mais uma vez a importância da transparência e da responsabilização no sistema educativo, bem como a necessidade de proteger os direitos dos alunos e professores. Esperemos que sejam tomadas ações concretas para remediar esta situação e garantir uma educação de qualidade para todos.