“17 de outubro de 1961: relembrando o esquecido massacre de argelinos em Paris”

Em memória da história esquecida: o massacre dos argelinos em 17 de outubro de 1961

A Assembleia Nacional aprovou recentemente uma proposta de resolução relativa a um acontecimento trágico e pouco conhecido na história de França: o massacre de argelinos durante a manifestação pacífica de 17 de Outubro de 1961 em Paris. Sob a autoridade do chefe da polícia Maurice Papon, entre trinta e mais de duzentos manifestantes perderam a vida durante esta repressão mortal.

Esta página negra da história francesa tem sido obscurecida, minimizada e até mesmo negada. Contudo, o dever de memória é essencial para prestar homenagem às vítimas e reconhecer os erros cometidos. A resolução adoptada pela Assembleia Nacional condena veementemente estes actos bárbaros e apela à comemoração deste trágico massacre.

Em 17 de outubro de 1961, os argelinos manifestaram-se pacificamente contra o recolher obrigatório imposto pelas autoridades, denunciando a discriminação e a violência de que foram vítimas. Infelizmente, esta manifestação foi violentamente reprimida, deixando dezenas de mortos, feridos e desaparecidos.

É hora de reconhecer plenamente esta tragédia e dar-lhe o lugar que merece na nossa história colectiva. Recordar estes acontecimentos dolorosos significa fazer justiça às vítimas, respeitar a sua memória e ajudar a construir um futuro mais justo e humano para todos.

Ao revisitar este capítulo doloroso do nosso passado, comprometemo-nos a não esquecer, a não repetir os erros do passado e a trabalhar pela justiça e pela reconciliação. O dever de lembrar é um dever de justiça, um dever de humanidade.

Ao homenagear a memória das vítimas de 17 de outubro de 1961, prestamos homenagem àqueles que sofreram e morreram na indiferença e no silêncio. É nossa responsabilidade colectiva garantir que a sua história não seja esquecida, mas ensinada, partilhada e compreendida pelas gerações futuras.

Recordando estes acontecimentos trágicos, iluminando as trevas do passado, podemos esperar construir um futuro melhor, mais justo e mais respeitoso da dignidade de cada pessoa.

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