O Tribunal Militar de Beni Garrison emitiu um veredicto contundente ao condenar Christian Utheki, presidente do G5, a 20 anos de servidão penal principal. Esta decisão surge na sequência da sua alegada participação num movimento insurreccional destinado a defender a sua comunidade contra os ataques da CODECO.
Com efeito, Christian Utheki é acusado de ter recrutado milicianos do grupo Zaire para proteger as comunidades vítimas da violência em Ituri. É também acusado de ter feito comentários desmoralizantes contra as tropas militares e de semear a desconfiança entre a população civil e as autoridades militares.
A sua convicção decorre, em particular, de declarações públicas que não reconhecem a existência de patrulhas militares e de comentários difamatórios contra as forças armadas congolesas. Além da pena de servidão penal, Christian Utheki terá de pagar custas judiciais no valor de quatrocentos mil francos congoleses.
O colectivo de advogados dos acusados declarou a sua intenção de recorrer desta decisão para o Tribunal Militar do Kivu do Norte. Este caso levanta questões importantes sobre as responsabilidades dos actores políticos e comunitários num contexto de conflito armado e de segurança precária.
É necessário estar atento à evolução desta situação e às implicações que esta convicção poderá ter na estabilidade regional.