“Desvio e corrupção: o Supremo Tribunal Militar investiga dois oficiais da 34ª região militar de Goma”

O Supremo Tribunal Militar, reunido num tribunal móvel em Goma (Kivu Norte), abriu recentemente a investigação de um segundo caso relativo à apropriação indevida de fundos destinados ao pagamento dos militares e à tentativa de corrupção da Comissão Geral de Inspecção das Finanças (IGF) por dois oficiais da 34ª região militar.

Os dois arguidos, os tenentes-coronéis Gabriel Kasongo e Jerry Ngoy Katengo, são responsáveis, respectivamente, pelo gabinete de salários dos reformados e pelo gabinete de remunerações. Durante a audiência, o Tribunal Superior examinou atentamente a secção “OUTRAS REGIÕES”, presente nos formulários e documentos financeiros do gabinete de remunerações da 34ª região militar. Essa coluna, que não existe em outras regiões militares, teria sido utilizada para justificar o desvio dos recursos em questão, segundo o Ministério Público.

Ngoy Katengo afirmou ter encontrado esta secção pré-existente quando tomou posse, explicando que reunia soldados destacados fora da 34.ª região militar. No entanto, durante a investigação, foram detectadas anomalias nas listas de folhas de pagamento, em particular assinaturas de beneficiários quase idênticas, sugerindo uma possível falsificação de documentos.

Este caso levanta questões importantes sobre a transparência e a gestão dos fundos destinados aos militares. É crucial realizar investigações exaustivas para apurar a verdade e garantir que os recursos atribuídos às forças armadas sejam devidamente utilizados. Esta situação realça a importância da luta contra a corrupção e a necessidade de um controlo rigoroso das finanças públicas.

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