Numa recente apresentação no Théâtre de la Bastille, a artista Betty Tchomanga cativou o público ao explorar o mito de Mamy Wata, uma divindade da água reverenciada e temida na tradição vodu. Com paixão e intensidade, Betty Tchomanga deu vida à figura mítica da sereia africana, revelando uma certa ambivalência ligada a esta divindade.
Este espetáculo, integrado na peça “Máscaras”, oferece ao público um mergulho fascinante num universo místico e ancestral. Betty Tchomanga, através da sua coreografia e dança, explora as múltiplas facetas de Mamy Wata, revelando a complexidade desta divindade e o fascínio que exerce sobre os crentes.
Graças à atuação marcante de Betty Tchomanga e à encenação envolvente do Théâtre de la Bastille, os espectadores são convidados a mergulhar num mundo onde o sagrado e o profano se misturam, onde a beleza e o perigo coexistem. Uma experiência artística que questiona as nossas crenças e percepções, convidando-nos a refletir sobre o lugar da espiritualidade nas nossas vidas.
Ao explorar a figura cativante de Mamy Wata, Betty Tchomanga relembra-nos a riqueza e a diversidade das tradições africanas, oferecendo uma nova perspectiva sobre esta divindade icónica. Uma performance artística que testemunha o poder da arte em nos levar ao coração dos nossos pensamentos e emoções.
Para além do palco do Théâtre de la Bastille, esta performance de Betty Tchomanga ressoa como um apelo à descoberta e à abertura a outras culturas, ao encontro com os outros e à exploração da nossa própria relação com o sagrado. Um convite à viagem, à reflexão e à contemplação, que revela toda a força e beleza da arte na sua expressão mais profunda.