A seca em Brazzaville está a causar uma crise sem precedentes. Privados de água corrente durante meses, os moradores devem reunir coragem para percorrer longas distâncias em busca deste precioso líquido. As ruas da capital congolesa são agora palco de um cenário surreal onde homens e mulheres, carregados de latas amarelas, circulam em riquixás sob o sol escaldante.
Olga, uma mãe exausta, descreve o absurdo da situação: “Três meses sem água é inimaginável. Às vezes deixamos a torneira aberta esperando um milagre, mas a qualidade da água é tão ruim que isso não é possível. ir aos furos onde um simples tambor de 25 litros nos custa uma pequena fortuna.
Nos diferentes bairros da cidade a observação é unânime: a água tornou-se um bem raro. Os moradores se organizam da melhor maneira possível para atender às necessidades do dia a dia, mas a tarefa é árdua. Entre as torneiras que permanecem desesperadamente secas em plena luz do dia e as poucas gotas preciosas partilhadas à noite entre várias famílias, a luta pela água torna-se uma verdadeira luta.
Neste contexto de crise, a ausência de comunicação oficial apenas acentua a ansiedade dos moradores que se sentem abandonados. Eles expressam sua consternação e frustração diante de uma situação que parece incontrolável.
Esta seca que atinge Brazzaville realça os desafios sociais e ambientais que a cidade enfrenta. É urgente encontrar soluções sustentáveis para garantir um abastecimento de água suficiente e de qualidade a todos os residentes.