Imagens de tendências de extrema direita e fascistas na política sul-africana
À medida que o país se aproxima das eleições em Maio, há um rápido aumento de ideias e imagens de extrema-direita, até mesmo fascistas, na sociedade sul-africana. Se nenhum partido ou personalidade apresenta um projeto tão coerente como o fascismo hindu construído durante décadas na Índia, ainda observamos uma infinidade de declarações, ameaças e atos que podem ser qualificados como impulsos fascistas.
A normalização de discursos e propostas xenófobas tornou-se comum em vários partidos políticos na África do Sul. O IFP, por exemplo, colocou a xenofobia no centro do seu programa, falando de “estrangeiros ilegais”, prometendo militarizar as fronteiras, construir muros fronteiriços, negar aos migrantes o direito a certas formas de trabalho, e assim por diante.
Figuras políticas como Herman Mashaba e Gayton McKenzie também acrescentaram lenha à fogueira da xenofobia ao fazerem declarações chocantes. Os comentários de McKenzie, apelando a que os filhos dos migrantes sejam privados do acesso à educação e defendendo a deportação em massa dos zimbabuanos, são particularmente chocantes.
A retórica autoritária sobre o fortalecimento da lei e da ordem e a repressão ao crime também é comum, embora tal retórica corra o risco de agravar a já presente crise de violência no país. É crucial resolver esta crise com urgência, mas os apelos a um maior recurso à violência estatal só podem levar a uma escalada da violência social.
As declarações mais extremas vêm de Jacob Zuma, falando sobre separar as jovens mães dos seus filhos e enviá-los para a Ilha Robben, usando a linguagem fascista de “doença”. Estes discursos extremistas visam não só criminalizar as populações desfavorecidas, mas também encorajar a violência na sociedade.
É imperativo permanecer vigilante contra estas tendências de extrema direita e fascistas na África do Sul, a fim de preservar os valores democráticos e humanitários caros à nação arco-íris.