Em Madagáscar, a urbanização está em franca expansão, prevendo-se que mais de metade da população viverá em cidades até 2036, contra 30% actualmente. Este rápido crescimento urbano é mais forte do que em muitos países africanos nos últimos anos.
O Banco Mundial destaca os desafios que Madagáscar deve enfrentar para apoiar eficazmente esta urbanização. Até à data, a urbanização passada não trouxe efeitos positivos para a vida do povo malgaxe. A capital Antananarivo é um exemplo concreto dos problemas ligados à urbanização descontrolada. Projetado para 400 mil habitantes, conta atualmente com quase três milhões de moradores urbanos, destacando a urgência de repensar a urbanização no país.
Os empregos informais predominam nas cidades malgaxes, com consequências nas receitas fiscais municipais e nos serviços públicos. Para transformar a urbanização numa alavanca de desenvolvimento, é fundamental promover a criação de empregos com maior valor acrescentado e investir em infraestruturas sustentáveis. As cidades costeiras, expostas aos riscos de ciclones e inundações, necessitam de infraestruturas resilientes para garantir a segurança dos residentes e dos investimentos.
O Banco Mundial incentiva os líderes malgaxes a aproveitarem a oportunidade da urbanização para impulsionar a economia do país. Atualmente, as cidades malgaxes geram 75% do PIB nacional, destacando o potencial de desenvolvimento urbano do país.
Assim, para apoiar esta transição para uma urbanização bem sucedida, Madagáscar terá de implementar políticas públicas ambiciosas, apoiar as empresas locais e investir em sectores-chave como a indústria e as infra-estruturas sustentáveis. É apoiando-se nestas alavancas que Madagáscar poderá transformar a sua urbanização num verdadeiro motor de crescimento económico e social para toda a sua população.