A evolução do sector eléctrico na Nigéria dá origem a imagens contrastantes, entre progressos e desafios. O recente lançamento do NEMSF teve como objectivo liquidar obrigações financeiras com os intervenientes do sector e reabsorver dívidas herdadas da Power Holding Company of Nigeria (PHCN) aos fornecedores de gás.
De acordo com um relatório do Banco Central da Nigéria, parte do empréstimo de N273,3 mil milhões às distribuidoras permitiu a instalação de 414.000 contadores pré-pagos, desde contadores de pico de procura até contadores inteligentes monofásicos.
Estes investimentos também ajudaram a aumentar a capacidade eléctrica, aumentando a produção de 3.400 megawatts para cerca de 4.900 MW.
Esta parceria entre o CBN e o sector bancário foi criada para resolver as recentes quebras de receitas no sector da energia causadas por factores como escassez de gás, actos de sabotagem de gasodutos, falta de financiamento, preços não rentáveis e corrupção.
As diversas distribuidoras beneficiaram deste programa de empréstimos. Por exemplo, Ikeja Disco recebeu N40,74 bilhões, Eko Disco 34,85 bilhões, Abuja Distribution Company 34,69 bilhões, Ibadan Disco 27,73 bilhões, Enugu Disco 27,84 bilhões e Kaduna Disco 24,36 bilhões.
Apesar destes avanços, persistem desafios no sector eléctrico, tais como problemas de liquidez do mercado, escassez de moedas estrangeiras e infra-estruturas de distribuição de electricidade insuficientes.
Estas medidas de intervenção no sector eléctrico levantam questões, nomeadamente sobre o reembolso dos empréstimos contraídos pelas distribuidoras, ponto levantado pelos legisladores.
Através destas imagens do desenvolvimento do sector eléctrico na Nigéria e dos desafios ligados ao reembolso de empréstimos pelas distribuidoras, o caminho para um fornecimento de electricidade mais estável e eficiente parece repleto de obstáculos a superar.