A juíza Emeka Nwite concedeu recentemente uma ordem provisória após decidir sobre uma moção ex-parte apresentada pelo advogado da EFCC, Ekele Iheanacho.
Esta decisão surge na sequência de um pedido para solicitar aos operadores da plataforma de criptomoeda Binance que forneçam à Comissão dados completos sobre pessoas de nacionalidade nigeriana que aí realizam transações. O objetivo é permitir que a agência anticorrupção descubra possíveis casos de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.
Em depoimento apresentado por Hamma Bello, agente da EFCC, foi revelado que supostas atividades de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo estavam ocorrendo na plataforma Binance. Esta informação levou a uma investigação mais aprofundada pela Equipe de Investigação Especial da comissão.
De acordo com as informações recolhidas, o volume total de transações realizadas pelos nigerianos na plataforma em 2023 foi de 21,6 mil milhões de dólares. Esta revelação destacou as distorções significativas causadas no mercado financeiro nacional, incluindo a depreciação do Naira face a outras moedas.
Perante esta situação, pareceu necessário que a EFCC solicitasse estes dados para levar a cabo as suas atividades de investigação. Esta abordagem faz parte do desejo de preservar a integridade do sistema financeiro nacional e de lutar contra práticas ilegais que possam comprometer a estabilidade económica do país.
Ao concluir seu depoimento, Hamma Bello enfatizou a urgência da situação e afirmou que a recusa do pedido correria o risco de comprometer gravemente os esforços investigativos da comissão. No interesse da justiça e da transparência, é essencial cooperar plenamente com as autoridades para pôr fim a estas atividades ilícitas.
Este caso destaca os desafios que as autoridades enfrentam na luta contra o cibercrime e sublinha a importância de uma cooperação internacional reforçada para combater estas ameaças. A promoção da transparência e da conformidade nas transações financeiras é essencial para preservar a estabilidade do sistema financeiro global e proteger as economias nacionais dos riscos associados a estas atividades ilícitas.