No mundo de hoje, a luta pelos direitos das mulheres continua a ser uma busca constante, enfrentando constantemente desafios. Na Gâmbia, um debate recente reacendeu as tensões ao propor a legalização da excisão, uma prática cruel e traumática para muitas mulheres. Este projeto de lei, novamente analisado pelo Parlamento esta segunda-feira, suscita indignação e resistência por parte de muitos defensores dos direitos humanos.
Embora a circuncisão feminina tenha sido proibida na Gâmbia em 2015, a possibilidade de levantar esta proibição levanta questões fundamentais sobre o respeito e a protecção dos direitos das mulheres. A advogada Fatou Jagne Senghor, fervorosa defensora dos direitos humanos, manifesta a sua incompreensão e indignação com esta proposta. Para ela, é inaceitável que homens, religiosos ou políticos, possam ditar os contornos do debate sobre a excisão, prática que prejudica a integridade física e mental das mulheres.
Este questionamento da proibição da excisão representa não apenas um retrocesso para os direitos das mulheres, mas também um retrocesso para a democracia na Gâmbia. As mulheres desempenharam um papel crucial na luta contra a ditadura e contribuíram para o advento da transição democrática. É, portanto, essencial continuar a defender os direitos das mulheres para garantir uma sociedade igualitária e que respeite todos.
Este debate revela a importância de permanecermos mobilizados para promover a igualdade de género e proteger os direitos fundamentais das mulheres. Longe de ser uma questão exclusivamente feminina, a luta contra a excisão e outras formas de violência contra as mulheres diz respeito a toda a sociedade. É fundamental que todos participem nesta luta para garantir um futuro onde os direitos de todos sejam respeitados e protegidos.