**Julius Malema x Thabo Mbeki: um duelo político explosivo na África do Sul**

**Julius Malema: um líder inflexível ou oportunista?**

O líder dos Combatentes pela Liberdade Económica (EFF), Julius Malema, criticou recentemente o antigo Presidente Thabo Mbeki por ter virado as costas e decidido fazer campanha para o Congresso Nacional Africano (ANC) nas eleições gerais, depois de anteriormente ter indicado o contrário.

Durante uma visita ao centro de operações especiais do partido para as eleições, Malema sublinhou que os meios de comunicação social deveriam chamar Mbeki de “virador de casacos”, termo frequentemente utilizado para descrever o próprio Malema devido às suas constantes mudanças de posição.

Embora Mbeki tenha criticado publicamente o seu próprio partido em várias ocasiões, acabou por apoiar o ANC, explicando que sentia uma “obrigação” de contribuir.

Malema destacou o contraste entre o tratamento dispensado pelos meios de comunicação a Mbeki e a si próprio, sublinhando que o partido ANC que Mbeki defende hoje está numa situação muito pior do que quando decidiu não apoiá-lo.

Malema também comparou o apoio de Mbeki ao ANC com o seu apoio anterior à formação do Congresso do Povo (Cope). De acordo com Malema, Mbeki apoiou Cope permanecendo em segundo plano, o que teria dado algum apoio aos seus apoiantes para deixarem o ANC.

Ele também defendeu a decisão do ex-presidente Jacob Zuma de apoiar o novo partido Umkhonto weSizwe (MK) para as próximas eleições, lembrando ao mesmo tempo que Mbeki agiu de forma semelhante no apoio à formação de Cope.

Marshall Dlamini, secretário-geral da EFF, observou que o partido estava actualmente a realizar uma campanha de assistência para ajudar os eleitores a chegarem às assembleias de voto no dia das eleições, com mais de 500.000 voluntários mobilizados no terreno.

Em resumo, a política na África do Sul continua a ser um terreno complexo onde as linhas entre os partidos políticos e os líderes são muitas vezes confusas. Enquanto Malema continua a criticar os reveses de Mbeki, a batalha pelo poder e pela influência política continua no país.

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