O governo sul-africano anunciou o cancelamento do acordo de venda da sua participação maioritária na SAA ao consórcio Takatso, encerrando uma série de controvérsias em torno da transação. O Ministro das Empresas Públicas, Pravin Gordhan, revelou a decisão numa conferência de imprensa na Cidade do Cabo.
Divulgado inicialmente em junho de 2021, o acordo previa uma reestruturação da companhia aérea nacional, que há anos enfrentava dificuldades financeiras. Após a sua saída do processo de resgate em abril de 2021, a SAA recorreu à Takatso para se tornar o seu parceiro estratégico para o seu relançamento.
No entanto, as negociações entre o Departamento de Empresas Públicas e a Takatso não tiveram sucesso devido a divergências sobre a estrutura da transação, tornadas mais complexas pelas mudanças nas condições económicas nos últimos anos.
Depois que as avaliações financeiras indicaram um aumento no valor da empresa, as duas partes não conseguiram chegar a um acordo sobre os termos da venda. Esta situação levou o governo a rescindir o acordo, cabendo à gestão da SAA desenvolver um novo plano de negócios.
Este anúncio marca um novo passo para a SAA, que poderá focar na expansão de suas rotas e no arrendamento de aeronaves adicionais para fortalecer sua presença no mercado.
Em conclusão, esta decisão abre caminho a um novo período para a SAA, que terá de considerar o seu futuro de forma mais autónoma. As lições aprendidas com este processo também podem orientar as ações futuras do governo na gestão das empresas públicas.
Para saber mais sobre este assunto, você pode consultar estes artigos já publicados em nosso blog:
1. [SAA: retrospectiva de uma década de dificuldades financeiras](link1)
2. [O papel do Consórcio Takatso na reestruturação da SAA](link2)
3. [Os desafios da privatização das companhias aéreas nacionais](link3)