O horror das atrocidades cometidas em Ituri entre 2002 e 2003 sob a rebelião de Roger Lumbala permanece gravado na memória colectiva. A Associação Nacional das Vítimas do Congo identificou mais de 2.000 vítimas indirectas deste período negro em Bunia. Entre elas, 500 almas repousam agora no cemitério, testemunhas silenciosas do sofrimento infligido.
O antigo ministro do comércio congolês e deputado nacional, Roger Lumbala, é hoje processado pela justiça francesa por crimes contra a humanidade. Estupros, assassinatos, saques… As acusações são pesadas e as provas esmagadoras. Mas porque é que a justiça francesa é responsável por julgar um cidadão congolês por crimes cometidos em solo congolês? Coloca-se a questão da universalidade da justiça, evidenciando questões essenciais em termos de direitos e deveres.
Num mundo cada vez mais interligado, a justiça não pode limitar-se a fronteiras geográficas. O caso Roger Lumbala ilustra a necessidade de justiça universal, baseada em princípios éticos e morais intemporais. Quebrar a impunidade, proporcionar justiça às vítimas e prevenir novos crimes: estas são as questões cruciais subjacentes à universalidade da justiça.
O programa “Direitos e Cidadania”, produzido pela Jeef NGOY, convida-nos a pensar sobre estas questões complexas. Explorar as regras, os princípios e a relevância da justiça universal significa dotar-nos dos meios para construir um mundo mais justo e equitativo para todos.
Além disso, a procura de imagens sobre as atrocidades ocorridas em Ituri em 2002-2003 permite-nos testemunhar a realidade brutal destes acontecimentos. Imagens de gelar o sangue que nos lembram a necessidade imperiosa de nunca esquecer o passado para construir um futuro melhor.
Para se aprofundar no assunto, você pode consultar artigos anteriores publicados no blog. Estas fontes adicionais de informação irão esclarecer ainda mais a sua compreensão das questões que rodeiam o caso Roger Lumbala e a questão da universalidade da justiça.
Em busca da verdade, em busca da justiça, em busca de um mundo onde direitos e deveres se harmonizem para oferecer a todos um lugar digno e respeitoso. O caminho é longo, repleto de armadilhas, mas a esperança permanece, transportada pela luz da justiça universal.