A recente entrega oficial da base da MONUSCO localizada em Kamanyola, no território de Uvira, na República Democrática do Congo, às autoridades congolesas marca um passo importante no processo de desligamento gradual da missão da ONU no país. Esta transição, orquestrada em acordo com o governo congolês, demonstra o desejo de reforçar as capacidades das forças de segurança locais e garantir uma transição harmoniosa para a autonomia operacional das autoridades nacionais.
O Representante Especial do Secretário-Geral da ONU na RDC, Bintou Keita, saudou esta transferência e sublinhou a importância deste modelo para os futuros esforços de desligamento da MONUSCO. Esta operação surge após 19 anos de presença da base de Kamanyola, simbolizando assim o significativo contributo da República Islâmica do Paquistão, um país que contribui com tropas, para a consolidação da paz na RDC.
O plano de retirada prevê uma retirada total da MONUSCO da província do Kivu do Sul até ao final de Abril de 2024, para depois se concentrar no Kivu do Norte e em Ituri no que diz respeito à protecção dos civis. Esta transição será gradual e será acompanhada por avaliações regulares para garantir a segurança e o bem-estar das populações locais.
É importante sublinhar, como esclareceu Jean-Pierre Lacroix durante a sua visita à RDC, que a saída da MONUSCO não significa a saída das Nações Unidas do país. Na verdade, as agências e programas da ONU continuarão a funcionar normalmente e a apoiar os esforços para garantir a paz e a segurança na RDC.
Este processo de desligamento da MONUSCO faz parte de uma abordagem para reforçar as capacidades nacionais e promover a soberania congolesa em questões de segurança. Constitui um passo essencial para uma transição sustentável rumo à estabilidade autossustentável e a longo prazo na região.