Em Moçambique, a situação na província de Cabo Delgado continua a causar sérias preocupações. O governo confirmou recentemente que dezenas de milhares de pessoas foram forçadas a fugir das suas casas devido a uma onda de ataques jihadistas na volátil região norte.
Os números oficiais indicam que 67.321 pessoas foram deslocadas nas últimas semanas devido a ataques armados. As autoridades moçambicanas estão a envidar esforços para melhorar as condições de alojamento das pessoas deslocadas, mas a situação continua crítica.
O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por vários ataques e perdas de vidas, particularmente na província sul de Cabo Delgado. Após vários meses de relativa calma, a violência recomeçou com força total, obrigando milhares de pessoas a abandonarem as suas casas por medo de represálias.
Desde 22 de dezembro, mais de 71 mil pessoas foram forçadas a deslocar-se devido a ataques ou ao medo de ataques de grupos armados não estatais. Entre os deslocados, 69% são mulheres e crianças, muito vulneráveis neste contexto de crise humanitária.
A província de Cabo Delgado tem sido assolada por ataques há seis anos e a resposta das autoridades locais, bem como da comunidade internacional, continua a ser crucial para proteger as populações civis. Tropas do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral foram destacadas em apoio ao exército moçambicano desde Julho de 2021, na esperança de conter a violência e restaurar a segurança na região.
A crise humanitária em Moçambique exige uma resposta rápida e coordenada para ajudar as pessoas deslocadas e estabilizar a situação na província de Cabo Delgado. É crucial garantir a segurança das populações civis e trabalhar em conjunto para encontrar soluções duradouras para esta crise multidimensional.