“O acordo UE-Ruanda sobre minerais: uma controvérsia que divide a RDC”

O acordo recentemente assinado entre a União Europeia e o Ruanda, relativo à cadeia de valor dos minerais estratégicos, suscitou fortes reacções na República Democrática do Congo. A Igreja Católica Congolesa também se pronunciou, destacando um “silêncio cúmplice e culpado” da comunidade internacional face à violência no leste do país.

O Cardeal Fridolin Ambongo, Arcebispo Metropolitano de Kinshasa, criticou abertamente este acordo num contexto de conflito persistente na RDC. Sublinhou a incongruência de cooperar com o Ruanda, acusado de estar envolvido na violência na RDC, ao mesmo tempo que denunciou o envolvimento do mesmo país no apoio a grupos armados locais.

Embora a União Europeia defenda este acordo como forma de combater o tráfico ilícito de minerais, as reacções críticas estão a aumentar. O vencedor do Prémio Nobel da Paz de 2018, Denis Mukwege, e o eurodeputado Marc Botenga denunciam uma tentativa de pilhagem da riqueza congolesa pela UE.

Perante este clamor, o Presidente congolês Félix-Antoine Tshisekedi prometeu desafiar este acordo por todos os meios diplomáticos possíveis, sublinhando que representa uma forma de guerra indirecta travada contra a RDC.

Esta situação levanta questões sobre a ética das relações internacionais e destaca as questões complexas ligadas à exploração dos recursos naturais em África. É essencial prestar especial atenção a estes debates para garantir o desenvolvimento equitativo e respeitoso dos países africanos e da sua soberania.

Para ir mais longe neste assunto, recomendo a leitura destes artigos:
– [A Igreja Católica Congolesa denuncia o acordo UE-Ruanda sobre minerais](link_article1)
– [Ponto de vista de Denis Mukwege sobre a cooperação mineira UE-Ruanda](link_article2)
– [Análise do impacto do acordo na RDC e nas suas populações](link_article3)

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