A cidade de Beni, localizada na província de Kivu do Norte, encontra-se atualmente no centro de uma situação tensa devido a uma greve dos importadores de produtos petrolíferos. Desde a manhã de segunda-feira, estes profissionais decidiram cessar as suas atividades para protestar contra a emissão de mandados de comparecimento contra eles pelo Ministério Público do Tribunal Superior de Beni. Esta ação levou à escassez de combustíveis na região, elevando os preços e impactando diretamente a população local.
Um litro de gasolina, que era vendido por 3.500 francos congoleses na bomba, hoje é vendido por 4.500 francos congoleses entre revendedores informais, conhecidos como “Kadaffi”. Este aumento significativo dos preços coloca os residentes em dificuldades, que agora têm de enfrentar custos mais elevados para viajar ou para as suas atividades diárias.
Os importadores em greve são nomeadamente acusados de incumprimento das condições de importação e distribuição de produtos petrolíferos na RDC, bem como de práticas ilegais de fixação de preços, em violação da regulamentação em vigor. O sistema judicial pretende fazer cumprir a lei e emitiu mandados de comparecimento contra onze importadores, alguns dos quais são de nacionalidade somali.
Contactado pela Rádio Okapi, o procurador do Tribunal Superior de Beni absteve-se de qualquer comentário, deixando dúvidas sobre o desfecho desta situação. A população local, já enfraquecida pelos conflitos e agitação na região, vê-se mais uma vez impactada por este conflito que põe em evidência as questões ligadas ao abastecimento de necessidades básicas.
É fundamental acompanhar de perto a evolução desta greve e as suas consequências na vida quotidiana dos habitantes de Beni, esperando ao mesmo tempo uma resolução rápida e justa deste conflito.