No Senegal, a tensão permanece palpável enquanto continua a espera por uma nova data para as eleições presidenciais. Inicialmente marcada para 25 de fevereiro, a votação foi adiada antes de ser invalidada pelo Conselho Constitucional. O Presidente Macky Sall lançou assim o diálogo nacional para tentar encontrar uma saída para esta crise política.
A cerimónia de abertura do diálogo teve lugar em Diamniadio, a poucos quilómetros de Dakar, com anúncios importantes do presidente. Macky Sall levantou a partir de quarta-feira a proposta de amnistia para factos ligados às manifestações políticas entre 2021 e 2024, com o objetivo de acalmar as tensões políticas no país.
O objectivo principal deste diálogo é definir uma nova data para as eleições presidenciais, idealmente antes do início da estação chuvosa, em Junho-Julho. Atores políticos, sociedade civil, religiosos e consuetudinários tomaram a palavra para defender as suas posições sobre a retomada do processo eleitoral e a data da votação.
Apesar da diversidade de oradores, alguns candidatos optaram por boicotar o diálogo, destacando assim as dissensões persistentes no seio da classe política senegalesa. Alguns candidatos também apresentaram recursos para pressionar a realização da votação antes do final do mandato de Macky Sall, em Abril.
Esta situação delicada demonstra os desafios que o Senegal enfrenta para garantir um processo eleitoral transparente e pacífico. O diálogo nacional parece, portanto, ser um primeiro passo para a resolução desta crise política, mas o futuro permanece incerto quanto à realização efectiva das eleições presidenciais num clima calmo e justo.