Na noite de domingo, 25 de fevereiro, um ataque armado liderado por rebeldes burundeses de Red Tabara deixou a cidade de Buringa, na província de Bubanza, no Burundi, de luto. Pelo menos 9 pessoas perderam a vida durante este trágico ataque, enquanto outras cinco ficaram feridas. Os agressores visaram uma família enlutada, incendiando até os veículos que transportavam os restos mortais para a morgue e atacando a sede local do partido no poder, CNDD-FDD.
O governo do Burundi apontou o dedo ao Ruanda, acusando mais uma vez o país vizinho de apoiar e armar o grupo terrorista Red Tabara. Esta escalada de violência entre os dois países levou o Burundi a fechar as fronteiras com o Ruanda. Numa resposta forte, Bujumbura também reforçou a sua cooperação militar com Kinshasa, destacando as suas tropas no leste da RDC para caçar os rebeldes Red Tabara.
Este ataque surge num contexto já tenso entre o Burundi e o Ruanda, marcado por uma série de ataques atribuídos aos rebeldes Red Tabara, como o incidente mortal ocorrido em Gatumba durante a noite de Natal. Esta situação de conflito armado torna mais necessária do que nunca uma resolução pacífica das tensões entre os dois países, a fim de preservar a vida das populações inocentes visadas.
É crucial para a estabilidade da região dos Grandes Lagos que as autoridades de ambos os países se envolvam num diálogo construtivo e ponham fim a todo o apoio aos grupos armados que operam no seu território. A segurança e a paz das populações civis devem ser a principal prioridade e qualquer iniciativa destinada a restaurar a confiança e a prevenir novos ataques deve ser incentivada.
O futuro da região depende da capacidade dos actores políticos trabalharem para uma resolução pacífica de conflitos e para a construção de uma paz duradoura. É hora de virar a página da violência e focar em soluções inclusivas e sustentáveis para garantir a segurança e o bem-estar de todos.