O domingo, 25 de fevereiro, foi marcado por uma mobilização política simbólica no Senegal. Embora a data inicial das eleições presidenciais não tenha sido respeitada, os intervenientes da sociedade civil e os candidatos eleitorais organizaram votações simbólicas para reafirmar o seu apego à democracia e a importância do voto.
Para o efeito, a plataforma eleitoral Aar Sunu criou uma assembleia de voto simbólica em Sacré-Cœur, Dakar. Os cidadãos manifestaram-se a favor do respeito pelo processo democrático no país. Para Amy Ndao Fall, médica, este gesto simbólico foi essencial para realçar a importância do voto no Senegal e a estabilidade que trouxe ao país.
Por outro lado, surgiu outra assembleia de voto na sede da campanha de Khalifa Sall, reunindo vários candidatos às eleições presidenciais. Khalifa Sall expressou o seu pesar pelo facto de a votação não ter ocorrido como planeado, sublinhando que o dia 25 de Fevereiro continuará a ser simbolicamente o dia da votação para eles.
Perante a proposta de diálogo do Presidente Macky Sall, os 16 candidatos unidos numa frente comum rejeitaram esta iniciativa e anunciaram a sua intenção de submeter o assunto ao Conselho Constitucional para encontrar uma solução para esta crise política.
Esta mobilização simbólica mostra o compromisso dos cidadãos senegaleses com a democracia e a realização de eleições presidenciais dentro dos prazos constitucionais. O diálogo proposto pelo Presidente Macky Sall parece dividir a oposição e a sociedade civil, que continuam a exigir eleições livres e transparentes.
Em resumo, estes votos simbólicos sublinham a importância do processo eleitoral no Senegal e o desejo dos cidadãos de verem a democracia respeitada no país. A pressão exercida pela sociedade civil e pelos candidatos presidenciais visa garantir eleições justas e equitativas para todos os cidadãos senegaleses.