“Crises políticas na África Ocidental: Unidade da CEDEAO ameaçada por retiradas e tensões”

Num contexto de agitação política no seio da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), notícias recentes testemunharam a retirada do Mali, do Burkina Faso e do Níger da organização sub-regional. Estas retiradas seguem-se à condenação da CEDEAO da tomada de poder inconstitucional nestes países.

O antigo Presidente da Nigéria, General reformado Yakubu Gowon, apelou a uma resolução rápida para as questões que ameaçam a unidade da comunidade. Ele sublinhou a importância de não permitir que as diferenças perturbem o nobre desígnio dos pais fundadores da CEDEAO.

As três juntas militares do Burkina Faso, do Mali e do Níger justificaram a sua retirada da CEDEAO argumentando que a organização representava uma ameaça. Criticam a CEDEAO por não os ter apoiado na sua luta contra o terrorismo e a insegurança, ao mesmo tempo que lhes impôs sanções.

A CEDEAO trabalhou no sentido de um regresso a um regime democrático nestes países e esteve atenta às transições democráticas sem demora excessiva.

O Conselho de Mediação e Segurança da CEDEAO instou as nações descontentes a priorizarem o diálogo e a reconciliação na resolução das suas diferenças com a comunidade.

Ao mesmo tempo, os líderes da CEDEAO também abordarão a situação política no Senegal durante a sua reunião em Abuja. O Presidente senegalês, Macky Sall, anunciou recentemente que desistiria de concorrer a um terceiro mandato inconstitucional nas eleições gerais de 2024.

Esta reunião da CEDEAO é, portanto, de capital importância na busca de soluções para as crises políticas em curso nestes países membros, ao mesmo tempo que enfatiza a importância do diálogo e da colaboração dentro da comunidade sub-regional.

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