O recente discurso do Presidente da República Félix Tshisekedi na RTNC levantou questões cruciais relativamente à gestão do governo congolês. No centro dos debates está a polémica em torno dos membros demissionários do governo, que devem agora tratar dos assuntos actuais, apesar da sua dupla função como deputados.
Félix Tshisekedi justifica a sua decisão sublinhando a importância da estabilidade do país em áreas fundamentais como a segurança, as finanças e a diplomacia. Ele destaca o artigo 110 da Constituição para apoiar o seu pedido aos membros eleitos do governo para continuarem a gerir os assuntos actuais, evitando assim potenciais perturbações.
Durante o seu discurso, o Presidente Tshisekedi sublinhou a natureza excepcional da situação actual, particularmente no que diz respeito à próxima revisão do programa com o FMI. Ele enfatiza a necessidade de manter a estabilidade económica do país neste período crítico.
Relativamente à questão dos emolumentos, Félix Tshisekedi garantiu que os membros do governo não receberão dois salários, sendo substituídos pelos seus deputados na Assembleia Nacional durante este período de transição.
O Presidente da República concluiu sublinhando que a polémica em torno desta questão diz respeito ao legalismo, deixando assim a discussão para os juristas. A sua prioridade continua a ser a protecção do povo e do território congolês, demonstrando assim uma visão centrada na responsabilidade e na estabilidade do país.
Este discurso destaca a importância da tomada de decisões estratégicas para garantir a coerência e a continuidade dos assuntos governamentais num contexto complexo como o da República Democrática do Congo.