**Senegal enfrenta uma crise política: Macky Sall renuncia à extensão do seu mandato presidencial**
A situação política no Senegal está tensa, já que o Presidente cessante, Macky Sall, anunciou que não tentaria prolongar o seu mandato para além de Abril de 2024. A decisão surge após semanas de protestos e violência após a sua tentativa de adiar as eleições presidenciais.
Num discurso televisivo, Macky Sall afirmou que respeitaria a lei e deixaria o poder de acordo com a data prevista, ou seja, 2 de abril de 2024. Esta declaração surge após a invalidação pelo Tribunal Constitucional do seu plano de prorrogação do mandato presidencial.
A crise política tomou um rumo dramático com manifestações mortais e confrontos entre forças de segurança e civis. Pelo menos três pessoas perderam a vida e muitas outras ficaram feridas durante a violência. Esta situação põe em perigo a reputação de estabilidade democrática do Senegal, há muito considerado um exemplo de democracia na África Ocidental.
Confrontado com a pressão da oposição e da comunidade internacional, Macky Sall está empenhado em abrir o diálogo com os actores políticos para encontrar uma saída para a crise. Sublinhou a importância de respeitar a vontade do povo senegalês e de preservar a democracia no país.
Num movimento histórico, o Tribunal Constitucional ordenou ao governo que fixasse uma nova data para as eleições presidenciais o mais rapidamente possível. Esta decisão marca um passo crucial na resolução da crise política e abre caminho ao regresso à estabilidade no Senegal.
As tensões continuam elevadas no país, mas o compromisso de Macky Sall de respeitar a Constituição e de deixar o poder no final do seu mandato sugere uma possível solução pacífica para a crise que abala o Senegal. A comunidade internacional continua a acompanhar de perto a evolução da situação e apela à contenção e ao diálogo para evitar qualquer escalada de violência.