**A explosão das taxas bancárias na RDC: um fardo para os clientes**
As taxas bancárias na República Democrática do Congo (RDC) estão a atingir níveis exorbitantes, constituindo um encargo financeiro considerável para os clientes. O professor Noel Tshiani, economista e ex-banqueiro internacional, destacou recentemente esta questão durante uma entrevista na Rádio Okapi.
Salientou que as taxas, encargos e comissões cobradas pelos bancos durante as transacções financeiras são excessivamente elevadas em comparação com outros países. Por exemplo, uma simples transferência de uma conta poupança para outra dentro da mesma cidade pode custar até 1% do valor transferido, o que representa valores consideráveis para os clientes.
Noel Tshiani apontou o dedo ao sistema de impostos e comissões implementado pelos estabelecimentos bancários, ao mesmo tempo que questionou o silêncio do Banco Central do Congo sobre esta questão. Segundo ele, a autoridade monetária deveria desempenhar um papel de polícia na regulação das práticas dos bancos comerciais e na protecção dos interesses dos consumidores.
A transparência dos encargos bancários também é motivo de preocupação. Noel Tshiani mencionou o caso em que foram cobradas taxas elevadas por um simples levantamento de dinheiro, sem justificação clara do banco. Estas práticas opacas contribuem para aumentar os encargos financeiros dos clientes e põem em causa a ética das instituições financeiras.
É, portanto, fundamental que sejam tomadas medidas para garantir taxas bancárias razoáveis e transparentes na RDC, a fim de proteger os consumidores e promover um ambiente financeiro saudável. A vigilância do Banco Central do Congo e a sensibilização dos clientes sobre os seus direitos e obrigações desempenharão um papel crucial na melhoria da situação actual.