O mundo do crime cibernético foi recentemente abalado por uma grande operação policial internacional visando o grupo de cibercriminosos por trás do ransomware LockBit. Esta operação, denominada Cronos, envolveu a Interpol, a gendarmaria e as autoridades policiais de vários países, incluindo a França. Seu objetivo era desmantelar a infraestrutura utilizada por esses cibercriminosos para distribuir o temido ransomware LockBit, considerado um dos mais utilizados no mundo.
Através da infiltração na rede do grupo criminoso, as autoridades conseguiram assumir o controle dos serviços da LockBit, pondo fim às suas atividades criminosas. Mais de 30 servidores foram desligados, impedindo que os cibercriminosos continuem os seus ataques contra milhares de vítimas em todo o mundo. Dois indivíduos ligados a este grupo foram também detidos na Ucrânia e na Polónia, a pedido das autoridades francesas.
O LockBit, que apareceu em 2019, tem sido usado para fazer dezenas de milhares de computadores como reféns em todo o mundo. Os seus ataques visaram infraestruturas críticas, grandes grupos industriais, bem como organizações públicas, exigindo resgates que podem ir até vários milhões de euros. Em França, o centro hospitalar de Corbeil-Essonnes, na região sul de Paris, foi vítima de um notório ataque em 2022, com um pedido de resgate de 10 milhões de euros.
A Operação Cronos simbolizou um grande golpe no lucrativo mercado de ransomware, demonstrando a colaboração internacional das autoridades policiais para combater o crime cibernético. Esta ação destacou os perigos dos ataques informáticos e a importância de reforçar a segurança cibernética à escala global.