**Levantamento da moratória sobre a pena de morte na RDC: uma ameaça aos direitos humanos**

**A controvérsia em torno do levantamento da moratória sobre a pena de morte na RDC: uma questão crucial para os direitos humanos**

A recente proposta do Conselho de Defesa para levantar a moratória sobre a pena de morte na República Democrática do Congo continua a suscitar sérias preocupações na opinião pública. Perante esta controversa decisão, Grace Shako, activista feminista e coordenadora nacional da ONG Media Women’s Leadership, manifestou a sua oposição categórica, argumentando que tal medida constituiria um grave retrocesso na protecção dos direitos humanos no país.

“Como guardiões da Constituição, a nossa responsabilidade é preservar o direito fundamental à vida de cada indivíduo. O levantamento da moratória sobre a pena de morte é incompatível com este imperativo moral e jurídico. Devemos garantir que a justiça seja aplicada de forma justa e proporcional. , sem recorrer a práticas desumanas e retrógradas”, sublinha.

Grace Shako alerta para os riscos potenciais associados ao uso indiscriminado da pena de morte, lembrando que qualquer erro judicial cometido neste contexto teria consequências irreversíveis e devastadoras. Recomenda, portanto, um reforço de sanções alternativas, como a prisão perpétua ou a exclusão das fileiras militares, de acordo com as leis nacionais em vigor.

Paralelamente ao seu apelo à preservação dos direitos humanos, Grace Shako incentiva as autoridades congolesas a favorecerem soluções pacíficas e duradouras para resolver os conflitos internos que assolam o leste do país. Convida a população congolesa a permanecer unida às forças armadas e a condenar todas as formas de violência, a fim de garantir um futuro pacífico para todos os cidadãos.

Neste contexto delicado, é essencial encetar um diálogo aberto e construtivo em torno das questões cruciais relacionadas com a justiça e a paz na República Democrática do Congo. A protecção dos direitos humanos deve permanecer no centro das preocupações de todas as partes envolvidas, para construirmos juntos um futuro mais justo que respeite a dignidade de cada pessoa.

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