No tumulto do fast fashion, um novo projeto de lei visa responsabilizar os gigantes da indústria têxtil e promover um consumo mais sustentável. O deputado Antoine Vermorel-Marques apresentou um polémico texto que prevê a introdução de uma penalização para compras efetuadas em marcas “fast fashion”, nomeadamente a conhecida Shein.
Criticada pelo seu ritmo frenético de renovação de coleções, a fast fashion é frequentemente apontada pelos seus desastrosos impactos sociais e ambientais. Com a adição diária de milhares de novos modelos ao seu catálogo, Shein personifica a moda ultra-rápida e tornou-se o símbolo do consumo excessivamente rápido e pouco ecológico.
O projeto de lei de Antoine Vermorel-Marques visa introduzir uma multa de 5 euros por cada artigo adquirido nestes sites de fast fashion, ao mesmo tempo que oferece um bónus de 5 euros na compra de roupa sustentável, fabricada em França ou na Europa. Esta abordagem de incentivo visa sensibilizar os consumidores e incentivá-los a optar por produtos amigos do ambiente.
No entanto, esta medida provocou uma onda de reações contraditórias, com alguns denunciando uma “injustiça” e uma tributação adicional que penalizaria principalmente orçamentos modestos. Apesar de tudo, esta é uma iniciativa que levanta questões importantes sobre a forma como consumimos e apoia uma indústria têxtil mais responsável.
Esta proposta de lei convida-nos a repensar a nossa relação com a moda e a privilegiar a qualidade em detrimento da quantidade. Sublinha a importância de apoiar marcas comprometidas com uma abordagem ética e ecológica, trabalhando simultaneamente para uma indústria têxtil mais sustentável e amiga do ambiente.
Em conclusão, esta iniciativa destaca as questões cruciais ligadas ao fast fashion e incentiva a reflexão sobre os nossos hábitos de consumo. Ao promover a promoção de práticas sustentáveis, abre caminho para mudanças positivas na indústria têxtil, convidando-nos a participar numa moda mais ética e amiga do planeta.