A decisão da Ministra do Género, Família e Criança, Mireille Masangu, de proibir o uso tradicional da tanga no Dia dos Direitos da Mulher, a 8 de Março, provocou uma reacção inesperada. Em vez de vestirem as habituais cores vivas, as mulheres congolesas são convidadas a vestir roupas pretas para expressar a sua solidariedade face às tragédias e à insegurança que assolam o leste do país.
Esta iniciativa, embora inusitada, visa sensibilizar e mobilizar a população sobre os desafios que as mulheres enfrentam na República Democrática do Congo. Em vez das habituais festividades, serão organizados encontros simbólicos com velas diante das assembleias provinciais, num gesto de luto e comemoração.
Este ano, o Dia dos Direitos da Mulher é dedicado ao investimento nas mulheres, com o tema internacional “Investir nas Mulheres: Acelerar o Ritmo”. A nível nacional, o tema escolhido é “Aumentar os recursos necessários para mulheres e raparigas em paz para um Congo com paridade”.
Esta abordagem, marcada pela solenidade e pela reflexão, permite-nos destacar os desafios que as mulheres congolesas enfrentam e recordar a importância do seu empoderamento e da sua protecção. Ao adoptarem uma atitude de luto e solidariedade, as mulheres e raparigas do país demonstram o seu compromisso e determinação em trabalhar por um futuro mais equitativo e pacífico para todos.