Durante a 37ª Cimeira da União Africana realizada em Adis Abeba, o Embaixador Bankole Adeoye destacou a crescente preocupação dos líderes africanos com o ressurgimento das instabilidades no continente. Os recentes golpes militares em países como o Sudão, o Gabão e a Guiné levaram a UA a tomar medidas rigorosas, suspendendo mesmo estes estados por violarem a democracia.
Contudo, a União Africana não se contenta com sanções; também cria iniciativas como o Mecanismo de Apoio à Transição Inclusiva Africana, destinado a apoiar estados suspensos no seu processo de restauração da ordem constitucional. Esta abordagem visa promover transições políticas eficazes e inclusivas, garantindo o respeito pela ordem constitucional e a realização de eleições transparentes.
Além disso, o Embaixador Adeoye destacou o compromisso da UA com a democracia através da mediação de eleições e conflitos políticos. Destacou também a importância do reforço da Força Africana de Alerta para garantir a segurança e a paz no continente, particularmente nas regiões afectadas por conflitos, como os Grandes Lagos, o Corno de África e o Sahel.
Por último, elogiou o trabalho de mediação do Presidente angolano João Lourenço no persistente conflito entre Kinshasa e Kigali, no leste da RDC, enfatizando a necessidade de restaurar a segurança e a paz nestas regiões sensíveis.
Esta cimeira da União Africana destacou os desafios que o continente enfrenta, mas também os esforços envidados para promover a democracia, a paz e a estabilidade em África. Sublinhou a importância da cooperação regional e internacional para enfrentar estes desafios e construir um futuro melhor para todos os africanos.