Os serviços de inteligência congoleses intensificaram recentemente os seus esforços de vigilância para contrariar a evolução do grupo rebelde M23, procurando desmantelar as redes que facilitam o seu apoio a partir de Kigali, conforme relatado por ACTUALITE.CD.
A Agência Nacional de Inteligência (ANR) está a mobilizar-se ativamente para desmantelar as ligações que permitem ao M23 estabelecer-se no leste da República Democrática do Congo (RDC), nomeadamente através da Ação das Forças de Combate (AFC). Nangaa.
Esta acção de monitorização prossegue na sequência das revelações feitas em Dezembro de 2023 pelo grupo de peritos das Nações Unidas, destacando as ligações entre certos grupos armados na província de Ituri e o M23. De acordo com o relatório apresentado ao Conselho de Segurança, o grupo Zaire que opera em Ituri enviou combatentes ao Kivu do Norte para serem treinados pelo M23, explorando as suas ligações históricas com certos líderes do Movimento.
Um exemplo emblemático desta colaboração é o do Comandante Logo Marine, antigo membro da União dos Patriotas Congoleses (UPC) e actual líder do grupo Zaire, que terá enviado 50 elementos do seu grupo para treinar com o M23 em Bunagana entre Maio e Junho de 2023.
Especialistas da ONU destacam a importância do grupo Zaire na região de Ituri, destacando o aumento da sua capacidade militar na sequência do recrutamento e treino de combatentes, tanto em território nacional como no estrangeiro.
Esta vigilância reforçada por parte dos serviços de inteligência congoleses visa frustrar qualquer tentativa de consolidar o M23 na região e desmantelar as redes de apoio que operam fora do país.
Em suma, estes esforços visam garantir a segurança e a estabilidade no leste da RDC, neutralizando grupos armados e desemaranhando as ligações que alimentam as tensões na região.