Nas notícias políticas recentes no Senegal, um anúncio surpreendente abalou o regime em vigor. Na sequência do voto do Parlamento a favor do adiamento das eleições presidenciais inicialmente previstas para 5 de fevereiro, o Conselho Constitucional rejeitou esta decisão na quinta-feira, 15 de fevereiro.
A Assembleia Nacional votou pelo adiamento da votação para 15 de dezembro e prorrogou o mandato de Macky Sall, que estava originalmente programado para terminar em 2 de abril.
O Conselho Constitucional decidiu que o projecto de lei aprovado pela Assembleia Nacional era “contrário à Constituição”. Esta decisão encantou os candidatos da oposição, que interpuseram recurso junto do Conselho.
No entanto, a oposição não conseguiu que as eleições presidenciais se realizassem na data inicialmente prevista.
O painel de seis membros do Conselho Constitucional decidiu que era impossível realizar as eleições em 25 de Fevereiro.
Os juízes, no entanto, ordenaram às autoridades competentes que marcassem a votação o mais rapidamente possível. A medida provocou reações mistas.
É importante sublinhar que a decisão do Conselho Constitucional surgiu poucas horas depois da libertação de alguns detidos considerados presos políticos.
Entre eles estão membros de movimentos de cidadãos, bem como apoiantes do extinto partido Pastef, liderado por Ousmane Sonko.
O presidente está supostamente negociando uma libertação antecipada com Sonko, a fim de aliviar as tensões que reinam atualmente no Senegal.
Macky Sall prometeu na sexta-feira, 16 de fevereiro, organizar eleições presidenciais “o mais rapidamente possível”, depois de o Conselho Constitucional ter cancelado a sua decisão de adiar a votação marcada para 25 de fevereiro.