A difícil situação que persiste no território de Masisi torna o acesso à assistência humanitária particularmente complexo. De acordo com um relatório recente do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação Humanitária (OCHA), as hostilidades entre o movimento rebelde M23 e as forças armadas congolesas (FARDC) levaram a um afluxo maciço de populações deslocadas para a cidade de Goma, Kivu do Norte.
O relatório do OCHA indica que cerca de 630 mil pessoas deslocadas vivem em condições precárias devido à crescente insegurança no território Masisi. Estas populações deslocadas estão privadas de assistência humanitária, incluindo cuidados médicos vitais para os feridos. Desde 27 de Janeiro, explosões de bombas feriram pelo menos 17 pessoas em Sake, especialmente em locais de deslocados internos.
Até 7 de Fevereiro, mais de 100.000 pessoas deslocadas encontraram refúgio na cidade de Sake, particularmente no local de deslocados de Zaina. Cerca de 13.000 pessoas instalaram-se neste local, enquanto outras encontraram refúgio na cidade de Goma.
Infelizmente, a maioria destas pessoas deslocadas vive em condições extremamente precárias, sem acesso a alimentos, água potável, cuidados de saúde e outras necessidades básicas. Esta situação é particularmente alarmante e exige uma resposta urgente da comunidade internacional.
Além das consequências humanitárias, os confrontos entre o exército congolês e o M23 também têm repercussões económicas. Em particular, a ruptura do eixo Sake-Bweremana, que liga as províncias do Kivu Norte e do Kivu Sul, corre o risco de isolar a cidade de Goma e de paralisar as actividades económicas na região. Além disso, a segurança alimentar das populações também está ameaçada, o que agrava ainda mais a situação já preocupante.
É crucial que a comunidade internacional intensifique os seus esforços para prestar assistência humanitária adequada a estas populações deslocadas e para apoiar os esforços para pôr fim às hostilidades na região. As Nações Unidas e as organizações humanitárias devem trabalhar em conjunto para garantir o acesso à ajuda médica, alimentos, água potável e outras necessidades essenciais. É também imperativo encontrar soluções duradouras para resolver os problemas subjacentes que alimentam estes conflitos, como a pobreza, a desigualdade e a falta de perspectivas económicas para as populações locais.
Em conclusão, a situação humanitária no território de Masisi, no Kivu do Norte, é crítica. As populações deslocadas vivem em condições precárias, privadas da necessária ajuda humanitária. Os confrontos entre o M23 e as FARDC também têm repercussões económicas e põem em perigo a segurança alimentar das regiões em causa.. É necessária uma acção urgente para prestar assistência humanitária adequada e resolver as questões subjacentes que alimentam o conflito na região.