O governo da Etiópia enfrenta graves acusações na sequência do alegado massacre de civis na região de Amhara. O Ocidente exige agora uma investigação sobre estes assassinatos, uma vez que os observadores dos direitos humanos documentaram numerosos abusos por parte das forças governamentais durante o conflito.
No ano passado, eclodiu uma rebelião em Amhara quando o governo decidiu dissolver as forças regionais e integrá-las no exército federal. Esta medida provocou agitação, com os rebeldes capturando várias cidades antes de recuar para as zonas rurais.
De acordo com a comissão de direitos humanos nomeada pelo Estado, pelo menos 45 civis foram mortos na cidade de Merawi durante confrontos com uma milícia local em Janeiro. Outro órgão nacional de direitos humanos estima o número de mortos em mais de 80. Ambas as organizações relatam que estas mortes ocorreram durante buscas casa em casa realizadas pelos militares.
Embora o governo reconheça a presença de combates em Merawi, nega ter como alvo civis. Um porta-voz do governo afirma que os soldados entraram em casas de civis para realizar buscas e só agiram em legítima defesa quando foram alvejados por elementos armados.
A comunidade internacional apelou a uma investigação aprofundada dos acontecimentos em Merawi. O Reino Unido e a União Europeia exigiram uma investigação e apelaram ao diálogo para resolver o conflito em Amhara.
No entanto, é difícil obter informações precisas sobre a situação, uma vez que as autoridades cortaram os serviços de Internet e telefone na região. Esta falta de comunicação dificulta a verificação de eventos e a recolha de dados fiáveis.
No meio do conflito, Amhara foi colocada sob estado de emergência, concedendo poderes adicionais aos serviços de segurança e suspendendo as liberdades civis.
Esta crise contínua em Amhara destaca a necessidade de transparência e responsabilização. É essencial que o governo etíope aborde estas alegações e realize uma investigação abrangente para garantir justiça às vítimas e restaurar a paz na região.
Em conclusão, as alegações de um massacre na região de Amhara, na Etiópia, suscitaram sérias preocupações. A comunidade internacional pede uma investigação, enquanto o governo nega ter como alvo civis. A situação sublinha a importância da transparência, da responsabilização e do diálogo para resolver o conflito e fazer justiça às vítimas.