As notícias de hoje levam-nos à região de Kwamouth, na província de Mai-Ndombe, onde um número crescente de deslocados encontrou refúgio no território vizinho de Bagata, na província de Kwilu. De acordo com o Ministério Provincial de Assuntos Humanitários de Kwilu, o número de pessoas deslocadas aumentou de 5.120 para 10.600 em apenas alguns dias. Entre estas pessoas deslocadas estão mulheres grávidas e crianças não acompanhadas, que enfrentam condições de vida precárias.
Estas pessoas fugiram dos abusos da milícia Mobondo nas suas aldeias em Kwamouth e agora encontram-se em situações difíceis, sem qualquer assistência. Muitos passam as noites sob as estrelas, enquanto alguns encontraram refúgio em escolas, igrejas ou casas abandonadas. O Ministério Provincial de Assuntos Humanitários de Kwilu lançou um apelo de ajuda ao governo, aos parceiros e a qualquer pessoa de boa vontade para ajudar estas pessoas em perigo.
O Chefe de Gabinete do Ministro Provincial dos Assuntos Humanitários de Kwilu, Jérémie Bikiele, declarou: “Continuamos a registar pessoas deslocadas que vêm do território de Kwamouth e passam por diferentes aldeias no território de Bagata. 10.688 pessoas deslocadas, incluindo 4.888 crianças, 3.346 mulheres, incluindo 36 mulheres grávidas, 2.462 homens e 6 crianças não acompanhadas, alojados nas aldeias do sector Wamba como Misay, Facila, Fambondo, Kibay, Kingangu, Mbukaka, Kisibu e outras aldeias.
Sublinhou também que mais de 500 famílias deslocadas ainda estão alojadas no local de Malebo, na cidade de Bandundu, sem beneficiarem de apoio adequado. Esta situação realça a urgência da intervenção humanitária para socorrer estas pessoas vulneráveis e ajudá-las a reconstruir as suas vidas.
É importante recordar que a situação das pessoas deslocadas é um problema recorrente em muitas regiões do mundo, muitas vezes resultante de conflitos, violência ou catástrofes naturais. É essencial que os governos, os parceiros internacionais e a sociedade civil trabalhem em conjunto para encontrar soluções duradouras e prestar assistência humanitária eficaz àqueles que mais dela necessitam.